um lugar onde o tempo escorre em verso
aqui,
as palavras não se perdem —
elas se desviam,
escorregam das agendas,
saltam dos calendários,
e vão habitar o intervalo entre o agora
e o sempre.
são palavras per(d)ias:
as que se foram
e as que vêm,
as que escapam do dicionário
e se escondem na pele do mundo.
são lost words:
fragmentos do invisível,
ecos de um idioma que dança
entre linhas,
bit a bit,
respiro a respiro.
neste espaço
o digital encontra o delírio,
o concreto se curva à imaginação,
e a memória escreve com luz
sobre a tela líquida do instante.
seja bem-vinde
ao território do não-esquecimento,
onde cada verso é uma estrela caída,
e cada silêncio,
um poema prestes a nascer.
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